Mesmo sendo favoráveis à regulação das redes sociais pelo poder público, convém notar a mudança de certos influenciadores e da esquerda em geral: no início da década passada, não faz tanto tempo assim, a 'liberdade nas redes' era tida por transformadora, como a criação de um espaço cosmopolita e internacionalista, impulsionador dos valores democráticos e liberais em escala global, e responsável em algum grau pela "espontaneidade'' da adesão de jovens às revoluções coloridas.
O que mudou para os progressistas?
É que a tal liberdade também a ascensão nestes espaços de grupos contrários ao individualismo e, principalmente, fragilizou os mediadores da informação típicos do da ordem liberal, como as grandes empresas de mídia.
O feitiço virou contra o feiticeiro: As redes são fator de instabilidade para a ordem vigente no próprio Ocidente. E eis que regulá-las vira, de uma hora pra outra, item imprescindível da agenda da mesma militância que prezava a anarquia reinante.
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