Existe uma polêmica que se acentuou nos nossos tempos sobre a origem da representação negra de Nossa Senhora Aparecida. Independentemente do processo histórico de valorização da Padroeira como negra, hoje ligada a uma polêmica racialista, é importante frisar as raízes profundas da representação.
Nossa Senhora Aparecida está incluída no conjunto de "Virgens Negras" do mundo cristão, do qual também fazem parte algumas devoções da Igreja Ortodoxa [do oriente].
Esse imaginário mergulha na Antiguidade com o simbolismo da Rainha de Sabá, considerada por Santos Padres a voz feminina do Cântico dos Cânticos, onde se lê:
"Negra sou e bela, filhas de Jerusalém, como tendas de Quedar, como peles de Salomão." [capítulo 1, versículo 5]
Cristo se refere a ela dessa maneira:
βασίλισσα νότου ἐγερθήσεται ἐν τῇ κρίσει μετὰ τῶν ἀνδρῶν τῆς γενεᾶς ταύτης καὶ κατακρινεῖ αὐτούς· ὅτι ἦλθεν ἐκ τῶν περάτων τῆς γῆς ἀκοῦσαι τὴν σοφίαν Σολομῶνος, καὶ ἰδοὺ πλεῖον Σολομῶνος ὧδε.
“A rainha do meio-dia [do Sul] se levantará no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está quem é mais que Salomão."
[Evangelho de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo segundo o Glorioso Apóstolo e Evangelista São Lucas, capítulo 11, versículo 31]
Santos ensinaram que essa figura feminina é um tipo, ou analogia, da Mãe de Deus e da Igreja.
Abaixo, os Dragões da Independência prestam continência para Nossa Senhora Aparecida. A Padroeira do Brasil é considerada oficialmente Generalíssima do Exército Brasileiro [lei de 15 de agosto de 1967].
PS.: A Rainha do Meio-Dia, ou Rainha do Sul, é também símbolo do Sol da Pátria.
As opiniões expostas neste artigo não necessariamente refletem a opinião do Sol da Pátria
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