Leonel Brizola partiu há 18 anos. Sua trajetória é lembrada e celebrada por muitos: fundador do PDT, único governador com mandato em dois estados diferentes e a brava luta por igualdade.
Ainda mais importante do que tudo isso, é enxergar Brizola como uma elo na continuidade do trabalhismo. O gaúcho de Passo Fundo pertencia à linhagem de Getúlio Vargas e João Goulart, nomes que amaram profundamente o Brasil e buscaram um caminho político genuinamente brasileiro, sem amarras aos poderes hegemônicos da época. Esta é a grande lição que Brizola nos legou, a possibilidade, ainda hoje, de uma ideologia política pensada, nascida e aplicada no Brasil. Seu companheiro de luta, o também imortal Darcy Ribeiro, é uma grande prova de que nossa pátria pode e deve ser um grande útero da teoria e da prática política. O pensamento de Brizola, nascido da carta tratamento de Getúlio Vargas, continua atual.
O gaúcho nos ensinou que o grande problema do Brasil era a espoliação perpetuada pelas potências estrangeiras que sempre contou com a conivência e mediação das elites nacionais, traidores da própria terra. Brizola acreditava no eventual conflito entre as massas e os traidores do Brasil, que apenas pode ser vencido pelas primeiras caso aconteça a organização do povo, preparado para o desfecho desse conflito anti-imperialista. O pensamento desse grande patriota era um grito de batalha pela liberdade do Brasil! Se tal liberdade não fosse possível pela via reformista, nasceria pela revolução verdadeiramente nacionalista, sem os grilhões de Washington, de Moscou ou de qualquer outro lugar.
Brizola, mantendo acesa a chama de Vargas e do trabalhismo, pavimentou a estrada da árdua luta nacionalista. Cabe a todos nós, apaixonados pelo maior e mais belo recanto do mundo, a continuidade dessa luta, adaptada aos desafios da atualidade.
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