Lendo por aí alguns textos, principalmente de jovens deslumbrados com filosofia e política, penso que, pelo menos algumas vezes, Ludwig Wittgenstein estava correto. É uma profusão de "ônticos", "epistemológicos" e "fáticos", se atropelando em frases pomposas, cheias de conceitos incorretos ou até mesmo inexistentes. O conteúdo é esquecido, a intenção é apenas impressionar aqueles que não têm o hábito da leitura. A filosofia vira apenas uma exibição gramatical.
Esse é um erro comum em jovens aspirantes a intelectuais. A experiência mostra que o verdadeiro talento é saber transmitir conceitos complexos de forma acessível, assim estimulando o pensamento crítico no maior número de pessoas. O resto é fazer charme para bolhas sociais.
O mais irônico é que, na maioria das vezes, esses textos pretensamente herméticos, são apenas um palavrório vazio. Um bolo de isopor, coberto com um belíssimo glacê, continua sendo, não tão abaixo da superfície, apenas algo sem sabor ou cor.
Por textos com menos pavonice pseudo-filosófica e mais conteúdo. Menos termos em alemão e mais didatismo. É assim que se revoluciona o pensamento do homem comum.
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