Com todos os olhos voltados para a Ucrânia, temos outra guerra esquecida na Europa, em plena escalada de violência, na Armênia.
A região de Nagorno-Karabakh, na fronteira entre Armênia e Azerbaijão, é um território disputado desde o fim dos anos 1980. Em 2020, houve um confronto na região que só ficou controlado após a mediação russa e um acordo para enviar tropas humanitárias numa missão de paz. Porém, nesse momento, o Azerbaijão voltou a atacar a Armênia, com a ajuda de “drones” turcos TB2 Bayraktar, em bombardeios que destruíram casas em vilarejos. Aldeias armênias na região de fronteira, de Jermuk ao norte até Kapan, estão sendo atacadas e isso precisa ser denunciado.
O Azerbaijão, apoiado pela Turquia, tem pretensões de expandir seu território para além daquela região de Nagorno-Karabakh, capturando toda a Artsakh.
A Turquia, por sua vez, tem dado apoio às agressões do Azerbaijão, como parte de sua estratégia geopolítica, assim como o faz no Norte da Síria e assim como ameaça diversas ilhas gregas. Enquanto isso, a população local, sobretudo a minoria armênia sofre em meio a um desastre humanitário.
Temos no Brasil uma comunidade armênia numerosa que trouxe inúmeras contribuições à nossa cultura, assim como os sírios, os gregos, os libaneses e outros migrantes.
A Frente Sol da Pátria (FSP) é um movimento brasileiro nacionalista, que defende, no Brasil, o resgate e valorização da cultura nacional, das tradições, a identidade do Povo Brasileiro e o fortalecimento do Estado-Nação. E nos solidarizamos com movimentos de libertação nacional e com toda luta contra a injustiça e opressão. Porém, não temos nenhum compromisso com os irredentismos (neo-otomanos, turanistas, kemalistas ou de qualquer tipo) que pretendam restaurar glórias imperiais do passado às custas de redesenhar fronteiras pela violência e pela guerra.
Nós condenamos o expansionismo turco, o expansionismo israelense-sionista e qualquer outro que ameace a paz mundial e populações locais. De acordo com a tradição brasileira, nós defendemos a coexistência pacífica dos povos e manifestamos toda a solidariedade à Armênia.
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