top of page
Foto do escritorLuiz Campos

Há 77 anos, nascia João Bosco

Mineiro de Ponte Nova, João Bosco de Freitas Mucci nasceu em 13 de julho de 1946 numa família musical. A mãe, Dona Lilá, era pianista e o pai, Seu Daniel, intérprete de Noel Rosa. Como bom mineirinho do interior, aos quatro anos já cantava no coral da igreja. Mas o grande momento acontece aos 12 anos, quando o menino ganha de presente um violão verde e inicia uma simbiose vitalícia com o instrumento. Além de um exímio cantor, pensar em João Bosco é pensar num dos violonistas mais criativos do Brasil, em sua mistura única de samba e jazz.



Em 1970, João forma uma das mais impressionantes parcerias da música brasileira com o lendário letrista Aldir Blanc. Esse é o marco do nascimento da fase mais brilhante de sua carreira, com clássicos eternos como "Mestre-sala dos mares", em que "um bravo feiticeiro" é saudado no porto "pelas mocinhas francesas, jovens polacas e batalhões de mulatas" e a belíssima "O Bêbado e a Equilibrista", um hino contra a ditadura que canta sobre "um bêbado trajando luto" que faz "irreverências mil para a noite do Brasil". Os sempre impactantes versos do poeta Aldir Blanc ganham uma vivacidade única no violão sincopado e na interpretação inimitável de João Bosco, um mineiro que aprendeu muito bem como ser carioca.


Que o canto e as seis mágicas cordas desse grande artista sejam um manancial de força para lutarmos através de nossa atual, como ele mesmo cantou, noite do Brasil. O Sol da Pátria nascerá iluminando a escuridão em nossa terra!

0 comentário

Kommentare


bottom of page