Javier Milei é Presidente da Argentina. Mais um sinal do fracasso da esquerda, que decidiu se restringir à administração do social-liberalismo. A instabilidade política na Argentina vai ser potencializada ao extremo, já que a governabilidade do vencedor é pra lá de problemática e seu discurso sobre as instituições é disruptivo. Além disso, há em Milei um componente ocultista e messiânico que não deve ser menosprezado. O sujeito é um místico algo lunático que mescla necromancia (invocando o espírito de seu cachorro de estimação morto para receber dele conselhos) com neoplatonismo e cabala, e tem um senso de auto-importância que tem tudo pra ser problemático. Pra completar, anarco-capitalismo e libertarianismo são receita para o desastre. Serão anos complicados pra nossos vizinhos, e que podem afetar parcerias estratégicas para o Brasil.
Javier Milei é muito diferente de Bolsonaro. Em primeiro lugar, ele é mesmo um outsider da política. Segundo, tem um discurso de quebra institucional muito mais abrangente que Bolsonaro. Terceiro, sofre, como mencionado, de graves delírios misticoides e é, no popular, doido de pedra, enquanto Bolsonaro tinha um rígido senso de autopreservação acompanhado de um cinismo e descrença evidentes quanto ao próprio papel.
No vídeo acima, pode-se ver Milei vivenciando, na sua campanha, o que parece ser uma espécie de surto psicótico durante entrevista ao vivo. Queixou-se de estar "ouvindo vozes". Um brasileiro bem poderia apostar que o homem está cheio é de encosto de tanto invocar liberais mortos por meio de seus cachorros-médiuns
Quarto, Bolsonaro tinha um tipo de vínculo com seu eleitorado, vínculo este mediado por valores conservadores/reacionários compartilhados; já Milei é moralmente desviante em relação às classes populares argentinas, com suas amizades caninas místicas e práticas necromânticas, relação estranha com a irmã (que chegou a ser anunciada por ele como futura "primeira-dama") e seu libertarianismo radical. Milei é um anarco-capitalista de fato, enquanto nem Bolsonaro levava a sério as suas proclamadas "convicções liberais". Os argentinos, de fato, radicalizaram....
Intankável o Mileizil.
Ainda por cima apostatou da fé católica e foi lá aderir ao judaísmo mais supremacista da Chabad Ludavitch!