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JD Vance e o cristianismo popular: Sol da Pátria discute figura do vice de Trump

Em mais um corte de reflexão política internacional, o canal Sol da Pátria reuniu Uriel Araújo, Alexandre Sugamosto e André Luis dos Reis para analisar a ascensão de JD Vance, vice-presidente de Donald Trump nos Estados Unidos. O foco da discussão esteve na relação entre Vance, o cristianismo e o populismo norte-americano, além de suas possíveis divergências em relação ao chamado “trumpismo clássico”.



Segundo os participantes, JD Vance parece representar algo que vai além de uma simples continuidade da agenda de Trump. Para alguns dos debatedores, ele possui um programa próprio, vagamente inspirado na doutrina social da Igreja e com traços que lembram propostas cristãs-democráticas e até trabalhistas, voltadas para os trabalhadores e para uma América mais tradicionalmente cristã. Essa orientação, no entanto, não aparece formalmente no programa político do atual trumpismo, que ainda se apoia em alianças com setores da elite e de uma direita mais liberal.


A escolha de Vance como vice, nesse sentido, é vista como uma aposta que pode transformar os rumos do conservadorismo americano. Nos Estados Unidos, o cargo de vice-presidente tem atribuições reais e importantes — como a presidência do Senado e o voto de desempate em decisões críticas. Além disso, o vice é o sucessor imediato em caso de vacância da presidência, o que torna JD Vance uma figura com potencial para se tornar, futuramente, o principal nome do Executivo americano.


A live destacou que, ao contrário de Trump, que possui um certo alinhamento ideológico com parte da elite, JD Vance surge de um outro extrato social. Oriundo da classe trabalhadora do meio-oeste americano, ele representa uma vertente mais populista, distante das estruturas tradicionais de poder e, portanto, potencialmente mais conflitiva com o chamado “Deep State”. Caso chegue de fato à presidência, sua atuação poderá representar uma ruptura com os arranjos internos do Estado americano, colocando em xeque equilíbrios históricos de poder.


A análise conclui que, se JD Vance for mais do que uma peça estratégica para angariar votos, e se alcançar efetivo protagonismo político, poderá redesenhar parte do panorama conservador dos Estados Unidos. Com ideias que dialogam com o cesarismo moderno e uma postura distante das elites, Vance se apresenta como um elemento novo, cuja trajetória ainda está em aberto, mas que certamente já provoca debates importantes sobre o futuro da política americana.



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